QUEDA DA MONARQUIA


A QUEDA DA MONARQUIA, A 5 DE OUTUBRO DE 1910 teve como causa próxima a gestão criminosa do Crédito Predial (um misto de Banco Espírito Santo e Banco Português de Negócios da época). A figura central, a alma negra do Crédito Predial, foi Luciano de Castro. Como deputado, elaborou a Lei que regulou “a criação e o funcionamento das sociedades de crédito predial”, para mais tarde ser ele mesmo o Governador do Crédito. Os empréstimos concedidos eram maioritariamente de favor, a políticos e amigos do poder vigente, ora do Partido Progressista de Luciano, ora do Regenerador de Fontes e Hintze, todos membros da Administração do Banco. Em 1910, detectam-se desfalques sistemáticos desde 1902. Uma auditoria identifica créditos incobráveis de sessenta contos, cai o governo em Junho; uma nova auditoria verifica que os incobráveis não eram de sessenta contos, mas de oitocentos! Vem a bancarrota, esboroa-se a Monarquia e eclode a República, com milhares a clamar “Matem o ladrão do Crédito Predial”, Luciano de Castro (que dá hoje nome a um hospital público e está nas fotos junto ao ladrão do BES e ao ladrão do BPN)

Paulo Teixeira de Morais

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