Quem foi Dante Vacchi - o pai misterioso dos comandos portugueses
Diz-se muita coisa acerca do misterioso Cesare Dante Vacchi, uma figura quase mítica ligada aos comandos portugueses, encontreium artigo interessante no Observador de Pedro Raínho:
"Comecei a investigar o Dante Vacchi e percebi que era um homem do mundo, um nómada, metia-se em todo o lado no seu trabalho de correspondente", diz António Neves ao Observador A partir desta experiência, havia de nascer uma nova força especial: os Comandos. António Neves, tenente-coronel na reforma, estuda há três anos o papel de Dante Vacchi na criação daquela tropa de elite. O militar fez o curso de comandos em 1970 e interessou-se pela história do homem que deu origem à temida força anti-guerrilha durante a Guerra Colonial. “Não tinha interesse nenhum no Dante Vacchi a não ser no seu papel na origem dos Comandos — que não passa de quatro ou cinco meses –, mas comecei a investigá-lo e percebi que era mais interessante que isso, era um homem do mundo, um nómada, metia-se em todo o lado no seu trabalho de correspondente”, diz António Neves ao Observador.
A história do jornalista que criou os Comandos é uma imensa sombra, sobretudo o antes e o depois de ter lançado as bases da tropa especial, em Angola. A ligação entre o italiano e as tropas portuguesas — curta, mas intensa — também nunca foi contada em pormenor. Imagens do próprio fotógrafo são raras, quase não há registo gráfico da sua existência. “O Dante Vacchi nunca entrava em fotos, nunca ia a eventos em que pudesse ser identificado”, recorda ao Observador o coronel Raul Folques, que se cruzou com o jornalista em Zemba, no primeiro curso de Comandos, em 1962.
Mas o secretismo vai além da sua imagem. Do espólio do jornalista, também não há sinal. E mesmo quem privou mais de perto com o italiano perdeu-lhe o rasto. Fora os livros que publicou, Cesare Dante Vacchi é como um fantasma que deixou uma marca profunda no Exército para desaparecer de seguida. “É frustrante”, desabafa António Neves, que continua a procurar informações sobre aquele que pode ser considerado o pai desta tropa especial. Há, no entanto, “demasiados hiatos, falta muita documentação”, o que o impede de preencher os espaços em branco.
observador.pt/especiais/dante-vacchi-o-pai-fantasma-dos-comandos-portugueses/
A história do jornalista que criou os Comandos é uma imensa sombra, sobretudo o antes e o depois de ter lançado as bases da tropa especial, em Angola. A ligação entre o italiano e as tropas portuguesas — curta, mas intensa — também nunca foi contada em pormenor. Imagens do próprio fotógrafo são raras, quase não há registo gráfico da sua existência. “O Dante Vacchi nunca entrava em fotos, nunca ia a eventos em que pudesse ser identificado”, recorda ao Observador o coronel Raul Folques, que se cruzou com o jornalista em Zemba, no primeiro curso de Comandos, em 1962.
Mas o secretismo vai além da sua imagem. Do espólio do jornalista, também não há sinal. E mesmo quem privou mais de perto com o italiano perdeu-lhe o rasto. Fora os livros que publicou, Cesare Dante Vacchi é como um fantasma que deixou uma marca profunda no Exército para desaparecer de seguida. “É frustrante”, desabafa António Neves, que continua a procurar informações sobre aquele que pode ser considerado o pai desta tropa especial. Há, no entanto, “demasiados hiatos, falta muita documentação”, o que o impede de preencher os espaços em branco.
observador.pt/especiais/dante-vacchi-o-pai-fantasma-dos-comandos-portugueses/
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Comentários
@moderador excelente tópico, o misterioso Dante Vacchi.
muito interessante
Aqui fica uma pequena homenagem aos comandos:
Bom, indiscutivelmente um personagem muito interessante.