Nação Lusófona 9 povos de origem portuguesa que desconhecia
Sr Julinho inicou excelentes tópicos e gostaria de contribuir tambem;
Este documento foi recentemente publicado pela Nat Geo e prova que a Nação Lusófona e a maior de todas as Nacoes. Uma nação que cruza toda a terra e todas as gentes, de uma riqueza cultural como nenhuma outra! Ninguem duvida disto, mas infelizmente os governantes nao querem um povo lusófono unido e irmão.
Acrescentamos aqui mais 9 povos que nunca pensou serem de descendência portuguesa;
Kristang, Malaca, Malásia
A comunidade Kristang de Malaca, na Malásia – palavra que vem de “cristão” – é um povo de origem portuguesa, em especial cristãos portugueses que chegaram no século XVI. A língua desta comunidade é o papiá kristang que ainda é falado em Malaca e que foi depois levado Singapura, Reino Unido e Perth, na Austrália, por emigrantes.
Madeirenses no Suriname
No século XIX, mais precisamente na segunda metade de 1800, os primeiros portugueses chegaram ao Suriname, sendo que o seu destino era a Guiana. Estes portugueses, principalmente oriundos da Madeira, eram trabalhadores que foram, pensa-se, transacionados como escravos para a Guiana Inglesa. No entanto, os relatos dizem que um grupo de cerca de 500 madeirenses chegou ao Suriname por volta de 1853 e quando, alguns anos mais tarde, foi abolida a escravatura, estes portugueses ficaram como homens livres. Assim, este pequeno povo de origem portuguesa que se formou pode, hoje, ser identificado pelos apelidos Gouveia, Dos Ramos, Vasconcellos, Miranda, Correia, Gonsalves, Texeira, Rodriques, Defaria, Fiqueira, de Gama ou Moniz. Mas também pela influência do português no idioma crioulo Sranan Tongo.
Mardicas, Indonésia
Os Mardicas ou Mardijkers, em holandês, foram um povo de origem portuguesa descendente de escravos dos portugueses, também eles descendentes dos portugueses. O termo “mardica” originou do termo sânscrito Mahardahika que era usado para descrever escravos libertos. Assim, durante anos, os Mardicas, cristãos, falaram um crioulo de origem portuguesa que acabou por ter influência na língua indonésia. Hoje em dia, os Mardicas já não existem, e a língua já não se fala. No entanto, alguns apelidos portugueses ainda perduram, bem como canções em crioulo antigo.
Bayingyi, Birmânia
O povo Bayingyi originou com os portugueses (principalmente mercenários) que chegaram à antiga Birmânia, nos séculos XVI e XVII. Diferenciavam-se dos outros grupos étnicos pela religião Católica e pelos traços considerados Europeus, ou caucasianos, como olhos e pele mais clara. Bayingyi é uma palavra derivada da expressão árabe “fheringi” que designava uma qualquer pessoa europeia. Entretanto, se bem que ainda existe o povo de origem portuguesa conhecido por Bayingyi, os traços físicos já não estão tão presentes, mas a cultura e a religião mantêm-se pilares fortes desta comunidade.
Os Portugueses de Aceh, Lamno, Indonésia
Em Lamno, na Indonésia, há um pequeno grupo chamado de “mata biru”. Este nome, que significa “olhos azuis”, designa os descendentes de portugueses. Esta comunidade tem vindo a decrescer, tendo na última década ficado reduzida a praticamente uma ou duas dezenas de pessoas, também por ação tsunami de 2004. Os mata biru, no entanto, apesar de aceitarem e tentarem de certa forma preservar a ascendência portuguesa, não continuam a adotar o cristianismo, tendo-se convertido ao islamismo.
Os luso-descendentes de Ziguichor, Senegal
Na cidade de Ziguichor, no Senegal, há uma comunidade com várias dezenas de milhares de pessoas com apelidos portugueses e que falam ou têm como língua materna um crioulo português, derivado do crioulo da Guiné-Bissau. Em Ziguichor há até um Centro da Língua Portuguesa e alguns serviços públicos adotaram a língua portuguesa como língua oficial.
Burghers Portugueses, Sri Lanka
No que é hoje o Sri Lanka, mas no passado foi chamado de Ceilão, há um povo de origem portuguesa que ainda hoje fala um crioulo português, os Burghers Portugueses. Os Burghers constituem um grupo étnico de ascendência portuguesa e cingalesa, mas também holandesa, pelo que se diferencia os Burghers dos Burghers Portugueses. Infelizmente, este crioulo baseado no português é apenas uma linguagem falada, que se concentra nas províncias de Batticaloa e Trincomalee. No entanto, há muitos apelidos portugueses que perduram e fazem parte da história do Sri Lanka como Pereira, Abreu, Salgado, Fonseca, Fernando, Rodrigo e Silva. Estima-se que muita da população Burgher tenha emigrado para o Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Austrália.
Os Luso-Indianos de Korlai, Índia
Na pequena vila de Korlai, que fica no distrito de Raigad, há um crioulo ainda falado por cerca de mil pessoas que se chama Kristi. Este crioulo é de origem portuguesa, derivando o nome kristi da palavra “Cristo”. Os falantes de Kristi, no entanto, chamam-lhe Nou Ling, ou “nossa língua”. A vila de Korlai, onde existem ruínas de um forte de origem portuguesa, já poucos luso-descendentes tem, sendo que a maior evidência deste povo de origem portuguesa é o próprio crioulo.
Os Mardicas de Tugu, Indonésia
De novo na Indonésia, a pequena vila de Tugu na ilha de Java conserva a “fala” portuguesa através de canções. Aqui um povo de origem portuguesa e holandesa foi um dia uma maioria. Apesar de Portugal nunca ter colonizado esta área, os portugueses e descendentes de portugueses (mardicas) foram levados para Tugu como escravos pelos holandeses, e acabaram por casar entre eles e com os próprios holandeses. Assim, esta comunidade manteve-se viva até há cerca de 40 anos, quando o último falante conhecido deste crioulo morreu. Hoje em dia ficam as pequenas influências na língua, nos costumes, nos instrumentos, os nomes e, claro, a música.
National Geographic