O Mundo, a Nova Ordem Mundial dos Bilderberg´s e o Caos actual…
No princípio era o Verbo, depois fez-se o Mundo, segundo diz a Bíblia, … e nele, os vários povos constituíram Nações, que se organizaram em Países e, estes criaram uma Ordem Mundial, sediada na ONU, para garantirem entre eles a paz, a harmonia e o melhor bem possível entre todos; e ainda é aqui que estamos... nesta utopia hipócrita, que não funciona.
Essa Velha Ordem Mundial tem como pedra basilar a democracia, a liberdade política, a independência e soberania dos países vários, os direitos e garantias fundamentais dos seus povos e dos indivíduos, o direito internacional, a ONU, etc, etc… enfim, toda uma panóplia imensa de valores ideais, princípios, leis, convenções, organizações, tribunais e muito mais… tudo isso para cumprir os objectivos que justificaram a criação dessa Ordem Mundial, e que são :- servir a causa da paz, da harmonia, e da felicidade dos povos e prevenir a sua subordinação e a sua exploração a/ por terceiros povos mais poderosos.
Todo este arsenal jurídico e normativo das relações internacionais, entre todos os Países existentes, foi discutido, acordado e escriturado no âmbito da ONU, e de outras organizações e Convenções várias, mas hoje, pese embora tudo isto estar em vigor, afinal não há paz (há guerras e /ou ameaças de guerras iminentes por todo o lado), não há harmonia, quase não há justiças (políticas, sociais, etc..) de nenhum tipo, nem igualdade e, antes pelo contrário, há exploração e subordinação forçadas de muitos povos por/ a outros povos.
Estabeleceu-se o Caos, intencionalmente, cinicamente dito controlado, para alicerçar a criação duma Nova Ordem Mundial, a dos donos dos Bilderberg´s, projectada há mais de dois séculos, e agora em fase final de instalação.
Imaginar hoje que um qualquer País pode ser Independente ou Soberano, ou que pode viver em Democracia sem interferências externas é uma utopia, um acto de boa fé, uma inocência ou falta de informação; há apenas dois ou três Países que se podem dar a esse luxo, talvez apenas um, os restantes, por uma ou outra razão, têm dependências várias de terceiros Países e, em particular, do mais poderoso País do Mundo jamais existente, os EUA, detentor este da hegemonia global, que assumiram após o colapso da URSS, no princípio dos anos 90.
A hegemonia mundial dos EUA poderia ser positiva, caso fosse exercida pelo Bem e para o Bem geral da Humanidade como devia e, caso tivesse, como sua primeira preocupação real, fazer e manter a paz e a harmonia mundiais, realizar a justiça política, financeira, económica, social e humana globais e, se cultivasse a verdade e o respeito rigoroso por todos os valores, princípios, leis, direito internacional, instituições internacionais, etc.… sem tudo perverter e corromper, por egoísmo total e exclusivamente em proveito próprio, como acontece na realidade verdadeira (real politik), embora a falsa realidade mediática, a virtual, a da correcção política, diga o seu inverso.
Entretanto, como contrapeso a unipolaridade hegemónica e global dos EUA, nestes últimos anos, temos assistido à emergência duma nova Rússia e China, cada vez mais fortes a cada dia que passa, assumindo-se já como potências regionais, que os EUA não podem ignorar, até porque, a Rússia e a China, desenvolveram e consolidaram entre si uma parceria política geoestratégia extensiva, profunda, robusta e pró activa em várias frentes, e procuram criar um equilíbrio de poder global multipolar com os EUA, tendo como objectivos, declarados continuamente, o cumprimento e o respeito do direito internacional, da Carta da ONU, convenções, acordos, etc… para que estes passem de novo a ser normativos cumpridos na vida real da comunidade internacional e não apenas meras letras mortas ou moribundas, como o são hoje, desde há muito (1991)…
Esta parceria da Rússia e da China tem sido conduzida com muito bom senso e vai-se afirmando e credibilizando, apresentando já alguns resultados concretos, fazendo apenas uso intensivo da diplomacia séria e a sério, inteligente, feita de verdade, saber e boa fé... e às vezes, apoiada em intervenções militares muito limitadas e ligeiras, para que o direito internacional e os direitos dos povos, a resolverem os seus assuntos internos sem interferências externas, sejam cumpridos… como nos casos da Síria, da Coreia do Norte, da Ucrânia, Irão, da Venezuela e etc… uns bem sucedidos e outros nem tanto.
A salvação física da humanidade e a sua felicidade dependem da forma como evoluir este diálogo geoestratégico, que é já muito intenso, permanente e contínuo, entre os EUA de um lado, e a Rússia e China do outro… e, neste jogo do gato (EUA) e do rato, há vários cenários mundiais ou conflitos em curso, onde o imponderável, pode ocorrer a qualquer momento… cenários tais como : - a agressão contínua dos EUA/ EU /NATO contra a Rússia, contra a Coreia do Norte, Médio Oriente, Mar do Sul da China, Venezuela e até África… e onde só a contenção, o bom senso e o sentido de sobrevivência da espécie humana de ambas as partes,
mais do rato que do gato, podem evitar que o pior ocorra.
Por outro lado, está em curso a implementação do projecto dos Bilderberg´s duma Nova Ordem Mundial (plasmado na Encíclica de Bento XVI “Caritas in Veritate”), com um Governo Único Mundial sediado na ONU, e que tem como executores principais os EUA/ EU/ NATO/ Vaticano, sob a suprema orientação das elites globalistas, donas do sistema financeiro, das corporações mundiais e dos Bilderberg´s.
O Mundo vive hoje, muito mais do que na Guerra Fria, à beira do precipício, porque o equilíbrio do terror então existente, baseado na garantia da destruição mútua nuclear, hoje já não existe, por ter sido, intencionalmente, destruído pelos EUA, com a sua saída unilateral de vários acordos de controle de armas nucleares.
Estamos hoje a assistir, curiosamente, à guerra quase total (menos a confrontação militar directa) dos EUA/ EU e NATO contra a Rússia, China e países amigos destes últimos… nas suas componentes de guerra político/diplomática, financeiro/ económica, informacional ou mediática, cibernética, e ainda confrontos militares regionais do tipo “proxy wars”, “guerras híbridas” e ou com o recurso e uso de forças mercenárias duma das partes (como os Grupos Terroristas no Médio Oriente, ou Mercenários convencionais tipo Blackwater, Greystone, etc…,) nos conflitos da Síria, Ucrânia, Iraque, Afeganistão, etc… e agora na Venezuela....
Todas estas múltiplas componentes da guerra moderna, estão hoje e desde há muito, plena e globalmente activas…. mas, as partes em conflito têm-nas sabido gerir a todas sem terem chegado ainda ao confronto militar clássico directo… mas, até quando ?! Será que tal nunca ocorrerá?
Penso ser mais provável que a última fase da guerra, isto é, o confronto militar directo, possa ocorrer de facto, porque uma das partes, os EUA, quer que aconteça mas, quem sabe?!
Se acontecer, voltamos todos ao Verbo, como no princípio do Mundo, e seremos todos, ou quase todos, meras cinzas radioactivas.
Mas, algures no Mundo, há seres humanos já prevenidos, com abrigos totalmente guarnecidos e equipados para sobreviverem a tal catástrofe nuclear (versão moderna da arca de Noé... no contexto nuclear e não de dilúvio), dezenas de anos e até bem mais, e deles nascerá, provavelmente, mais uma nova humanidade, como aconteceu com muitas outras civilizações passadas e sempre negadas; curiosamente e de momento, os países mais procurados para o efeito, pelos feitores de todas as guerras, as elites globalistas financeiras e corporativas, têm sido a Austrália e Nova Zelândia.
Será o que Deus quiser, se é que quer alguma coisa… penso que deu ao Homem livre arbítrio e liberdade absoluta, para se auto extinguir regularmente, mas será que desta vez, renascerá de novo das cinzas, feito Fénix?
José Luiz da Costa Sousa.