Nova Portugalidade

A Nova Portugalidade é uma certa ideia de Portugal. É nova sem rejeitar o passado, e a sua missão é reencontrar, resgatar, reinterpretar e relançar a Portugalidade enquanto civilização e agente da História.

Temos a História, referências, e uma Cultura erguidas numa verdadeira síntese do encontro entre a Europa, a África, a América e a Ásia. De todas recebemos contributo e a todas o deixámos.

O que nos aproxima uns dos outros é também o que nos distingue dos restantes povos do globo.

A Portugalidade é uma ideia e uma forma de estar. É uma civilização.

Mais que uma constelação de Estados, o mundo português é uma aliança de povos com um passado partilhado e um futuro em comum.

Somos um universo global de mais de 300 milhões unidos pelo sangue e séculos, cultura e sentimento.

A Portugalidade é o resultado desse processo multissecular de descoberta, aproximação, construção e sonho partilhado; síntese de continentes e culturas, irmanando homens da Amazónia a Timor e recobrindo todos os géneros humanos, ela engloba todas as cores e todos os credos.”

O que é a Nova Portugalidade
Por: Rafael Pinto Borges (Presidente da Associação Nova Portugalidade)

A Nova Portugalidade é o movimento de quem tem uma certa ideia: Acreditamos num Mundo Português grande e orgulhoso, confiante na sua voz, consciente do seu contributo para a História do Mundo, do seu papel no encontro entre ideias e culturas e da grandeza da sua maior obra: o mundo português, a que chamamos Portugalidade e que reúne de norte a sul, este a oeste, trezentos milhões de homens e mulheres que connosco partilham a língua, a ancestralidade, a cultura, o passado e o futuro.

Para nós, a Portugalidade é uma civilização, uma nação de nações, uma família que une, pelo abraço da história, da cultura e da língua, povos da Amazónia a Timor. A Nova Portugalidade é a ideia extraordinária de que a nossa História não acabou, e de que a divisão em que caíram os povos lusíadas só é permanente se eles assim quiserem.

E porque quereriam?

Quem prefere a pequenez e a irrelevância quando a História o fadou para a grandeza e a liberdade?

A Nova Portugalidade é a reconciliação dos povos lusíadas com a sua identidade mais profunda, com as verdades mais plenas sobre si mesmos, com a ideia de que não existem sós no mundo, mas uns com os outros, que têm juntos um legado valioso a defender e um futuro digno a conquistar.

Onde está a Nova Portugalidade? O que faz a Nova Portugalidade? Está em tudo o que for da Portugalidade e faz tudo o que for do interesse da Portugalidade.

A Nova Portugalidade está na defesa do património cultural, monumental, artístico, linguístico e memorialístico do mundo português. Está de pé pela memória e pela História. Está, sempre que necessário, nas instituições a dar a voz pela cultura e pelo patriotismo. Está na produção das ideias que refarão a Portugalidade, que a reconstruirão, e no esforço de fazer da nova geração uma geração de serviço, ao seu país e ao mundo português.

Está em tudo isso com o entusiasmo e a confiança que um dia foram os do Gama ao zarpar para a Índia, de Cabral ao partir para o Brasil ou de Gusmão ao conquistar o céu.

Acreditar é sempre um risco em tempos turbulentos. Mas só em tempos turbulentos é necessário acreditar.

Também hoje a esperança é um risco a correr. Na tarefa imensa que é a de despertar nos povos da Portugalidade a consciência e o amor próprio.

Com o seu apoio e contributo a Nova Portugalidade continuará a trabalhar, porque disso não podem, nenhum dos povos povos portugueses abrir mão.
https://novaportugalidade.com/sobre-nos-nova-portugalidade/

Comentários

  • A Nova Portugalidade é certamente um conceito muito interessante.

  • Expressões de amizade entre o último Rei de Portugal e o último imperador da China
    Em 14 de Novembro de 1908 falecia, privado de poder e sob prisão domiciliária na Cidade Proibida, vítima de envenenamento por arsénico, o imperador Guangxu, que em vão tentara lançar um vasto plano de mudanças (Reforma dos Cem Dias), logo estranguladas pela todo-poderosa imperatriz-viúva Cixi, governante de facto do declinante império ao longo de meio século.
    Para lhe suceder, ascendeu ao trono Aisin Gioro Pǔyí, criança de tenra idade que recebeu carta de pêsames do soberano português pelo falecimento do seu tio e predecessor, missiva entregue ao Príncipe Ching pelo Ministro de Portugal na China, David Cohen de Lara (1839-1913), Barão de Sendal. Sendal chegara a Pequim em meados de Março, instando-se no Hotel des Wagons-Lits, aí aguardando instruções para se apresentar na corte, onde foi finalmente recebido em audiência no dia 26 de Março. Confirmada a sua condição de representante oficial do Chefe de Estado português nas cerimónias fúnebres, Sendal assistira ao longo e complexo ritual das exéquias. O serviço fúnebre, oficiado pelo Dalai Lama coadjuvado por monges tibetanos, iniciava-se com a ininterrupta recitação de sutras e cânticos, que se prolongavam por nove dias perante o féretro do defunto soberano. Perante um retrato do falecido imperador, ladeado por pavilhões dourados, a parentela imperial, os altos dignitários e os representantes diplomáticos acreditados prestavam homenagem ao Filho do Céu, antes que as tabuinhas com o nome póstumo seguissem em procissão para um altar votivo, onde doravante seriam objecto do culto devido aos antepassados de alta linhagem. Antes que o corpo fosse transportado para o mausoléu dos Qing, os bens do defunto eram queimados ou distribuídos por príncipes de alto escalão . A procissão abandonou Pequim com destino à necrópole dos monarcas da dinastia, tendo para o efeito de aguardar que se concluíssem os trabalhos de construção de uma estrada concebida inteiramente para o propósito.
    Em agradecimento pelo envio de um representante do Rei de Portugal, a regência chinesa enviou a Lisboa em 1909 o seu Plenipotenciário junto da corte portuguesa, Liou She-Shou, com a missão de “expressar em audiência os Nossos sentimentos de gratidão e o testemunho da Nossa amizade e afeição” [por V.M.]. A troca de correspondência entre soberanos chineses e chefes de Estado estrangeiros evidenciava a adopção pelo império das práticas diplomáticas ocidentais e a entrada da China no sistema internacional. No caso vertente, para além do aspecto formal, tais relações eram favorecidas pela existência de monarquias em ambos os países, permitindo maior informalidade entre homens de igual condição, aproveitando para o efeito os novos meios de comunicação que favoreciam a troca de correspondência e, até, o desenvolvimento de relações amistosas entre famílias reinantes. Fotos, felicitações natalícias, pêsames e outros gestos de cortesia, não sendo decisivos para o jogo e a intriga diplomáticos, não deixavam de influenciar e interferir lateralmente na política bilateral.
    Texto de Miguel Castelo-Branco

  • Portugueses devem ter consciência que no final do Séc. XIX e principio do Séc. XX existiram muitos chineses de Cantão que fugiram ao Genocídio do Mao, muitos deste chineses vieram para Moçambique e misturaram-se com os portugueses e Moçambicanos. Existe Sangue chines em Moçambique e Portugal.

  • Era bom que o pessoal interessado na Nova Portugalidade apareça por aqui.

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