Maranhão: o filho de português e de princesa indígena

Meio índio, meio europeu:

o patrono dos marinheiros brasileiros
Jerónimo de Albuquerque Maranhão, foi o herói da conquista do Maranhão dos franceses em 1614. Filho do nobre português Jerónimo de Albuquerque e da princesa indígena pernambucana Muyrã Ubi, sua primeira actuação de destaque ocorreu quando, à frente de uma companhia que lhe foi entregue pelo Capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, empreendeu a reconquista da Capitania do Rio Grande (actual estado brasileiro do Rio Grande do Norte) - que fora invadida pelos franceses - onde ele viria a fundar a cidade de Natal (1599). Por conta desse feito, foi-lhe atribuído o título de fidalgo. Em 17 de Junho de 1614, foi nomeado "capitão da conquista do Maranhão", região que então se achava sob o domínio dos franceses, que nela haviam erigido o forte São Luís e instalado uma colónia - a França Equinocial. Para cumprir a missão que lhe fora confiada, Jerónimo preparou navios, acumulou armas e munições, e recrutou homens, inclusive esvaziando as prisões. Com uma força de cerca de 240 portugueses 30 marinheiros e menos de 100 índios, derrotou a força francesa de 200 soldados, 2500 índios. Por ter expulsado os franceses do território brasileiro, recebeu o apelido "Maranhão" da Coroa.

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